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Qual a importância da comunicação para si?

Apesar de ser um processo trivial do quotidiano, a comunicação é altamente complexa e responsável por muitos mal-entendidos

Comunicação. Processo tão comum e presente na vida de todos nós. Facilmente pensamos na comunicação como algo que não nos lembramos, apesar de estar presente todos os dias, no entanto quando confrontados sobre ela todos temos algo a acrescentar. Na verdade, podemos considerar que não existe qualquer interação humana sem que a comunicação esteja presente. No namoro, numa relação de amizade, numa relação de trabalho ou até mesmo na publicidade a que estamos sujeitos diariamente a comunicação é um processo nuclear.

 

Apesar de ser um processo trivial do quotidiano, a comunicação é altamente complexa e responsável por muitos mal-entendidos. Quantos de nós já escreveram uma mensagem que é mal interpretada por quem a lê, quantos de nós já fizemos interpretações erradas sobre determinada situação com outra pessoa? Quantos de nós já sentiu dificuldades em explicar determinado assunto. Para percebermos o porquê destas e outras questões acontecerem temos necessariamente de chegar à comunicação.

 

 

Entre outros aspetos da comunicação, os facilitadores e as barreiras assumem-se como fundamentais para a eficácia desta. Tal como os próprios nomes indicam estas características da comunicação irão facilitar ou dificultar a passagem de determinada mensagem. Comecemos então por alguns dos facilitadores.

 

Existem determinados aspetos que podemos ter em consideração, quando procuramos comunicar, seja numa conversa com outra pessoa, seja numa palestra para mais do que uma pessoa. Em primeiro lugar, é importante adequar o tipo de linguagem que utilizamos. Se estamos a falar numa palestra para pessoas da mesma área do saber, deveremos utilizar aquela que consideramos ser a linguagem científica. No entanto, se procuramos explicar alguém que nada tem a ver com a nossa área laboral, algum aspeto do nosso trabalho deveremos tentar adotar uma linguagem corrente e acessível.

 

Outro aspeto que podemos considerar central na facilitação da comunicação é a escuta. Ao contrário do que pode parecer à primeira vista, a escuta é um processo exigente, totalmente diferente do que estar somente a “ouvir”. A escuta pressupõe uma postura de atenção no outro, seja no que este está a dizer, seja até na sua postura enquanto tentamos passar a nossa mensagem. Ou seja, podemos considerar que a escuta é um processo de análise que deve ser constante durante todo o processo de comunicação para que possamos no menor tempo possível perceber o que eventualmente a poderá estar a condicionar e dessa forma reorganizarmos a nossa comunicação.

 

Atentemos agora nas barreiras. Uma barreira importante prende-se com a credibilidade, ou seja, nas capacidades que atribuímos à pessoa que passa a mensagem. Por exemplo, se assistimos a uma palestra e o orador for uma referência na área, a nossa predisposição para focar a nossa atenção será, provavelmente superior se quem estiver a fazer a preleção for alguém com maior anonimato na respetiva área.

 

As nossas experiências de vida, poderão constituir outro entrave significativo para a comunicação. Sabemos que a nossa perspetiva da realidade e a interpretação que fazemos das mais diversas situações são enviesadas, em muitas ocasiões por aquilo que foi o nosso percurso até então.

 

Estes são apenas alguns dos aspetos que irão ter uma influência direta na eficácia da nossa comunicação. Desta forma, torna-se absolutamente essencial um conhecimento mais profundo deste processo tão complexo, mas central do relacionamento humano.

 

Dr. José Garrett - Psicólogo e Coach em Saúde e Bem-estar

 

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